O museu não detém a propriedade de direitos autorais e não se responsabiliza por utilizações indevidas praticadas por terceiros. Saiba mais


Classificações:
Título:
Plano da procissão incivil projectada pelo governo para o dia 24 de Julho
Designações:
Litografia
Cronologia:
15/07/1880
Nº inventário:
MRBP.GRA.2690
Medidas:
Altura: 321,00 mm

Largura: 465,00 mm

Descrição:
Folha dupla (quarto páginas) de "O António Maria", 15/7/1880. Na frente, ocupando duas páginas, série de pequenos quadros humorísticos sobre um programa fantasiosamente projectado pelo governo para comemorar o aniversário do 24 de Julho de 1833. Os numerosos quadros desenvolvem-se em três faixas horizontais, surgindo logo na primeira o pendão governamental, capitaneado por Mariano de Carvalho, seguido por personalidades do governo e do Partido Progressista (então no poder), entre os quais se destacam Braamcamp, Barros Gomes, Cardoso Machado e Emídio Navarro, todos ajaezados com albardas de arminho. Seguem-se variados carros alegóricos representando as forças vivas e a política nacional, tanto do governo como da oposição, além de várias situações próprias da conjuntura política (Lourenço Marques, imprensa, igreja, etc.). Entre o vastíssimo número de personalidades caricaturadas refiram-se ainda o visconde de S. Januário, o duque de Ávila, Fontes Pereira de Melo, o marquês de Valada, Andrade Corvo, o prior da Lapa (Custódio Borges de Carvalho), Pinto Coelho, Barros Gomes, Emídio Navarro, Mariano de Carvalho, Cardoso Machado e, finalmente, o Zé Povinho, "gozando a festa e preparando-se para subscrever". No verso, à esquerda, personagens e intérpretes do vaudeville "Niniche", em exibição no Teatro do Príncipe Real, destacando-se, na margem direita e em grande plano, o empresário Sousa Bastos (também tradutor da peça). Na página da direita, seis quadros de humor acutilante, sob o título "Aviso ao Pimpão", onde Bordalo dá largas à polémica sustentada pelos ataques que aquele periódico frequentemente lhe dirigiu, figurando-se o autor (Bordalo) como revolucionário e republicano, perante um antagonista (Alfredo Ribeiro, director do "Pimpão") apaniguado com a coroa, a Igreja e o Partido Progressista. Alfredo Ribeiro, que chegou a colaborar com Bordalo, utilizava o pseudónimo de Ruy Barbo nos seus artigos.

A carregar...

Museu Bordalo Pinheiro 2021
in web Acesso online à coleção Sistemas do Futuro