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Classificações:
Título:
Hontem e Hoje
Designações:
Litografia
Cronologia:
24/06/1880
Nº inventário:
MRBP.GRA.2543
Medidas:
Altura: 280,00 mm

Largura: 182,00 mm

Descrição:
Mariano de Carvalho e Emídio Navarro dispõem-se em volta de uma capa de púrpura com estola de arminho (o manto real). Enquanto, na oposição, a apodavam de capa de ladrões (velha "boutade" de Mariano de Carvalho nos seus tempos de jornalista), já quando chegados ao poder gabam-lhe a beleza da púrpura. Mariano de Carvalho era já figura grada do partido, e Navarro deputado e impulsionador do jornal situacionista "O Progresso" (depois de um período em que, como jornalista, investira violentamente contra os regeneradores e a realeza). De facto, tanto Mariano como Navarro, ambos deputados progressistas e jornalistas polémicos, se tinham destacado, desde 1878, através de uma incisiva campanha contra o governo de Fontes Pereira de Melo, campanha que atingia até o próprio rei. A célebre expressão de "capa de malfeitores", utilizada para qualificar o manto real, fora publicada por Mariano de Carvalho em artigo do "Diário Popular", que dirigia, em 30/1/1878. A campanha só conheceria o seu fim após a chegada do Partido Progressista ao governo, em Junho de 1879. Na gravura, em segundo plano, Zé Povinho, na figura de Mefistófeles, observa deleitado o "golpe de rins" dos dois políticos. Página de "O António Maria", 24/6/1880.

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Museu Bordalo Pinheiro 2021
in web Acesso online à coleção Sistemas do Futuro