Gravura

Gravura

MRBP.GRA.0571

Largura: 465,00 mm

Altura: 325,00 mm

Folha dupla de "O António Maria" de 25 de Maio de !882. Na frente, em dupla página, representa-se um grande atelier em que monárquicos e republicanos vão esculpindo estátuas da República em corpo inteiro. Verifica-se que as esculturas executadas pelos monárquicos estão muito mais adiantadas e perfeitas que as buriladas pelos republicanos. Transmite-se assim a ideia de que são os próprios governos monárquicos, com as suas políticas desastrosas, que acabarão por conduzir o país para a República. Entre os "escultores" monárquicos distinguem-se o rei D. Luís, Fontes Pereira de Melo, o conselheiro Arrobas (então governador-civil de Lisboa), o pequeno general Macedo (comandante da Guarda Municipal), Barros e Sá, Hintze Ribeiro, Serpa Pimentel, Andrade Corvo e outros. Os "artistas " republicanos são Gomes Leal e Angelina Vidal. Zé Povinho observa a azáfama perplexo, enquanto o próprio Bordalo (no canto inferior direito) vai amassando um vulto informe, comentando que, quanto à República, "não a faz nem a desfaz, antes pelo contrário". No verso, à esquerda, caricatura do conselheiro Arrobas, travestido de tigre (epíteto que ele próprio se atribuiu). E, na página da direita, composição dedicada ao jornalista, escritor e diplomata Jaime de Séguier, por ocasião da sua partida para Bordéus, onde iria ocupar o seu primeiro cargo consular. Idêntica a MRBP.GRA.1013 e 2774.