Gravura

Litografia colorida

24/04/1901

MRBP.GRA.2972

Altura: 342,00 mm

Largura: 250,00 mm

A reacção clerical representada como uma grande toupeira com um chapéu de jesuíta, no contexto da campanha anticlerical que então se vivia. Em 10 de Março de 1901, perante a crescente onda de protestos suscitada pelo elevadíssimo número de congregações religiosas que se vinham instalando no país à margem da lei, o governo de Hintze Ribeiro promulga um tímido decreto ordenando inquéritos aos governadores civis sobre a existência e estatutos de instituições religiosas em situação juridicamente ilegal. A 18 de Abril é publicado um decreto regulamentador da questão dos institutos religiosos, que abria largamente as portas à sua legalização, desde que se ocupassem de acções educativas ou de beneficência. Finalmente, a 27 de Abril (2 dias depois da publicação deste número da Paródia), o executivo de Hintze Ribeiro publica um diploma que legaliza a existência de quase todas as ordens religiosas reinstaladas no país. Primeira página de "A Paródia", 24 de Abril de 1901. Ver tb. MRBP.DES.2197.